Refaz

Publicado: 06/01/2011 em Amor, escolhas, Jesus, medos, vida
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Ele foi criado com uma finalidade esplêndida, enfeitar a sala do palácio real, seus desenhos e cores foram minuciosamente escolhidos, seu design foi inspirado no artista mais reconhecido que existe. Estava feliz pois finalmente depois de anos e anos encostado na parede da olaria, seu dono havia vendido a sua melhor arte, a sua melhor criação para que ficasse exposto no palácio real, um lugar nobre e digno da visitação de reis e príncipes.

Chegando ao seu destino, o vaso foi colocado em uma das pilastras de gesso , que eram delicadamente trabalhada e esculpida à mão. Ao olhar para o redor o vaso viu que haviam muitos como ele, até mais bonitos grades e formosos, descobriu que ele não era único e que todos eles serviam para a mesma função: servir de apoio para as orquídeas reais.

Todos que passavam naquela sala, elogiavam as flores e nunca os vasos. Aquele vaso ficou frustrado, porque além de descobrir que não era único, a sua finalidade servia para que outros fossem reconhecidos através de sua funcionalidade. E um belo dia, uma criança foi brincar com o vaso que caiu de sua posição e quebrou.

Enviado as pressas para a casa do oleiro, como uma pessoa em um pronto socorro, se lamentava pois a dor da frustração era maior do que a dor do seus cacos. O oleiro amava de mais aquele vaso, foi sua melhor criação, doeu muito, mas o oleiro quebrou o vaso todinho e mergulhou seus cacos na agua e o que era um vaso nobre voltava a ser barro.

O oleiro com seu amor, refez o vaso, mas não o pintou nem o adornou, apenas deixou o simples, como um vaso comum, não demorou muito e foi vendido novamente, e  mais uma vez entrava no palácio real, mas ao ser transportado para lá percebeu que não ficaria mais na sala de entrada, mas estava passando para lugares mais secretos, menos acessíveis, e ao chegar ao seu destino final: estou nos aposentos do rei?

O vaso agora não carregava flores, mas sim o nardo que ungia o rei todos os dias antes dele dormir. O seu valor foi triplicado e sua função era muito mais importante, percebeu que depois de refeito ele se tornara único e importante. Agora ele era o vaso do rei, que transportava a beleza e a unção do rei.

“Teu amor me desfaz, teu amor me refaz, quebra tudo e faz de novo e de novo”

Deus pode nos quebrar quantas vezes for necessário para que cheguemos mais perto do rei, do rei Jesus, seremos incomuns, e não transportaremos belezas artificiais, mas sim a unção do rei em nossas vidas, e Deus contará com nós.

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